“Eles disseram que tentaram orientar o ciclista a sair da via para evitar um acidente e que foram xingados por ele. Em seguida, o jovem teria perdido o controle da bicicleta e batido contra o poste”, explicou Machado à reportagem da Banda B.
Os envolvidos afirmaram que não jogaram o veículo contra o jovem e negaram ter descartado a bituca de cigarro na via.
Porém, os dois confirmaram que foram abordados por testemunhas logo após o acidente. Elas teriam pedido para que os ocupantes do Celta retornassem ao local do acidente para prestar socorro à vítima.
“Eles nos disseram que não retornaram porque estavam com medo”, contou o delegado.
Questionados sobre o porquê de não terem ido a uma delegacia depois do acidente, os suspeitos responderam que acharam não ter necessidade, segundo o delegado.
Fotos do veículo usado pela dupla, um Celta de cor prata, foram incluídas aos autos, segundo Fábio. Conforme explicou à Banda B, ambos serão indiciados por homicídio qualificado por motivo fútil, o que configura uma pena de reclusão acima de 20 anos.
No entanto, eles responderão ao crime em liberdade. A condição se dá por alguns motivos, de acordo com Machado: “Eles possuem residência fixa, trabalham, não têm antecedentes criminais e qualquer outro indicativo que justifique a prisão preventiva”.
Asael Jackson dos Santos, 21, morreu após bater contra um poste, na Avenida Rui Barbosa, em São José dos Pinhais. A vítima teria sido fechada pelo carro momentos depois de ter se envolvido em uma discussão por conta de uma bituca de cigarro lançada pela janela.
Testemunhas que estavam atrás do Celta disseram que houve uma discussão e o ciclista tentou fugir do motorista. Elas também contaram à polícia que foram atrás da dupla, mas que logo depois eles fugiram.
O cliclista chegou a ser socorrido no local do acidente, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. A vítima voltava de um supermercado, onde trabalhava, quando bateu contra o poste.